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sábado, 3 de maio de 2008

Dois dados

Dois dados. Com esses dois objetos que tudo começa. Dois dados... Um contém as seguintes partes do corpo: nuca, boca, costas, barriga e orelha. O outro, as seguintes ações: assoprar, massagear, morder, lamber e beijar. A única “coisa” que ambos têm em comum é o sinal de interrogação. Um completa o outro, fazendo combinações. Quem os joga, tem de fazer com o outro aquilo que apareceu. Repito: com esses dois objetos que tudo começa.

Estávamos ela e eu em sua casa. Depois de vermos filmes, comermos chocolate e bebermos um pouco de vinho, uma idéia. Pego meus dadinhos e resolvo ver no que vai dar. Só para brincar mesmo.

Jogo-os: assoprar e orelhas. Fita-me com aqueles olhos castanhos, puxa o cabelo para o lado para que eu possa assoprar sua linda orelhinha. Opa, vez dela: morder e nuca. Neste momento é que percebo o quanto ela é gulosa.

Após um certo tempo de combinações estranhas, vêm as interessantes: massagear costas, assoprar barriga, morder orelha. Minha vez de jogar: “lamber pescoço”. Nossos olhos se encontram de uma forma mais intensa. Encosto minha língua em seu pescoço e não resisto: faço movimentos suaves e leves. Pelo que percebo, ela também não. Inclina um pouco mais a cabeça para perto da minha, suspira um pouco mais forte, pega os dados e joga-os novamente: “beijar boca”.

Pega-me pela nuca, acariciando meus cabelos, beijando-me. Mas não é um beijo qualquer. É ardente, fogoso, daqueles que não se tem como explicar: apenas quem já teve um desses sabe como é.

É trapaceira, também, pois pega os dados e joga-os novamente. O resultado é inesperado, mas que vale com o momento: “massagear” e “?”. Olha-me novamente e morde os lábios. Sinto sua mão pousar sobre a minha calça, me massageando, enquanto tento a sorte grande: “lamber” e “?”. “Só podem estar viciados esses dados”, penso.

Percebendo a minha falta de noção, pega-me novamente pelo pescoço, mostrando-me os lugares que preciso desvendar os seus maiores prazeres. “Beijar” e “?”, sinalizam os dados na vez dela. Pelo menos é o que imagino, pois abre minha calça e sinto-me dentro de sua boca, aquele hálito fresco de quem estava com uma bala refrescante até pouco tempo.

Dois dados... Eu não disse que foi assim que tudo começou?

9 comentários:

Menina Nina disse...

Nossa!
Meu namorado tem uns dados desses...
hauhauaha

Anônimo disse...

Que conto interessante, bacana!!
O Rodrigo sempre se puxando, né? =D

esses dados são uma maravilha, brincadeira bacana essa.

beijos!!

Mar e Ana disse...

tipo... uaaaau
hauhauhauhuahuah

eu tenho, no máximo, aquele dos beijinhos hauhauha

:*

B. disse...

Lindo, legal isso né?! *-*
É uma coisa óótimaa...Já tive momentos assim, mas hoje não tenho mais e sinto falta de brincar com dados!
hehe!

Roberta A. Mondadori disse...

Uiiii!

Fico um tempo sem vir aqui e chego com tudo pegando fogo, aiaia. Tenho medo desses dados!

Anônimo disse...

quero esses dadinhos :~

Verônica Elias Rumorosa disse...

Muito bacana o blog! Parabéns pelo texto, muito bem escrito, um belo conto, mesmo! Excitante, sem ser vulgar, instigante, te leva adiante, e na verdade tua imaginação te leva mais adiante ainda! Muito legal! Parabéns!

Aparece lá no meu blog:

www.desarranjosintetico.blogspot.com

Anônimo disse...

Nossa....
gostei do texto,querido, tu escreve muuuito bem...


mas a tua proposta...

bom...


tu viu só como está frio o tempo hoje?



que coisa, só mulher comenta nesse tu troço!


besitos en la boquita!

play

Anônimo disse...

Uiaaaaa ...

é esses dados são bem interessantes.
tinha um desses um tempo atrás ae.