Lembranças
Eles estavam no carro rumo a algum lugar. Ele é Guilherme e ela é Márcia. Namoram há cerca de três anos, mas já se conhecem há cinco. Sabe como é, uma coisa liga a outra e perceberam, depois de uma festa de 15 anos da prima dele, que foram feitos um para o outro. Faziam tudo juntos. Tudo.
Avistaram o local há poucos metros, pois o dia estava chuvoso e quase não se via nada. O letreiro luminoso não funcionava. "Deve ser a chuva", pensou Márcia para depois se lembrar que sempre foi assim. "É pra não chamar muita atenção", Guilherme falara à ela quando entraram naquele lugar pela primeira vez, no início do relacionamento.
"Bem-vindos, Gui e Má", disse a recepcionista, com um bafo de uísque barato misturado com cigarro vagabundo. O local era uma espelunca e a luz era fraca. O cheiro era tão ruim quanto o que saía da boca da velha desdentada que ficava na portaria. Baseado e sexo. Era isso que aquele local demonstrava.
Subiram as escadas e receberam os cumprimentos de outros conhecidos. "Márcia, Guilherme, que bom que vocês vieram. Comemoração de que? Aniversário de namoro?", respondeu o anfitrião, dono da bodega. Ambos disseram que sim com a cabeça. Três anos de namoro comemorados naquele dia – e não era normal comemorarem esta data em locais como esse.
Andaram alguns metros. Durante essa caminhada avistaram coisas não muito comum. Em uma porta à esquerda, um senhor de cerca de sessenta anos, com o nariz branco de pó, nu em uma cadeira. Entre suas pernas uma guria que não aparentava ter mais do que 16 anos. "Coisa nojenta", disse Márcia "justo um veio de sessenta anos?".
Guilherme também viu algo que considerou repugnante. À sua direita, um conhecido homem público com uma quase-mulher. O ênfase é no quase, pois seria mulher se não tivesse o mesmo instrumento que ele tinha. "Se tu achou aquilo nojento, o que pensas disso?", disse, apontando para o local. "Não consigo entender: elas viram uma quase-mulher para dar, mas os caras vêm para cá serem comidos", disse o dono da espelunca.
Enfim, chegaram ao local. Sentaram-se e começaram a olhar o local. "Aqueles casal lá também veio comemorar o aniversário, só que de casamento. Vinte anos", ressaltou o anfitrião. Levantaram-se e foram ao encontro deles. Não falaram nada, apenas aproveitaram o tempo para relembrar, uma vez por ano, como é ter relações com outras pessoas.
Avistaram o local há poucos metros, pois o dia estava chuvoso e quase não se via nada. O letreiro luminoso não funcionava. "Deve ser a chuva", pensou Márcia para depois se lembrar que sempre foi assim. "É pra não chamar muita atenção", Guilherme falara à ela quando entraram naquele lugar pela primeira vez, no início do relacionamento.
"Bem-vindos, Gui e Má", disse a recepcionista, com um bafo de uísque barato misturado com cigarro vagabundo. O local era uma espelunca e a luz era fraca. O cheiro era tão ruim quanto o que saía da boca da velha desdentada que ficava na portaria. Baseado e sexo. Era isso que aquele local demonstrava.
Subiram as escadas e receberam os cumprimentos de outros conhecidos. "Márcia, Guilherme, que bom que vocês vieram. Comemoração de que? Aniversário de namoro?", respondeu o anfitrião, dono da bodega. Ambos disseram que sim com a cabeça. Três anos de namoro comemorados naquele dia – e não era normal comemorarem esta data em locais como esse.
Andaram alguns metros. Durante essa caminhada avistaram coisas não muito comum. Em uma porta à esquerda, um senhor de cerca de sessenta anos, com o nariz branco de pó, nu em uma cadeira. Entre suas pernas uma guria que não aparentava ter mais do que 16 anos. "Coisa nojenta", disse Márcia "justo um veio de sessenta anos?".
Guilherme também viu algo que considerou repugnante. À sua direita, um conhecido homem público com uma quase-mulher. O ênfase é no quase, pois seria mulher se não tivesse o mesmo instrumento que ele tinha. "Se tu achou aquilo nojento, o que pensas disso?", disse, apontando para o local. "Não consigo entender: elas viram uma quase-mulher para dar, mas os caras vêm para cá serem comidos", disse o dono da espelunca.
Enfim, chegaram ao local. Sentaram-se e começaram a olhar o local. "Aqueles casal lá também veio comemorar o aniversário, só que de casamento. Vinte anos", ressaltou o anfitrião. Levantaram-se e foram ao encontro deles. Não falaram nada, apenas aproveitaram o tempo para relembrar, uma vez por ano, como é ter relações com outras pessoas.
15 comentários:
Esses casais modernos...
Ele tirou o final de semana para escrever contos, queria ter essa facilidade para os contos =/
Bianca, não tirei o final de semana para escrever contos. Esse foi o único. =D
Se não desse muito trabalho e transtornos, mudaria o endereço desse blog para "Mundo das Crônicas", mas vai dar muito trabalho e, antes, vem o TCC.
Quem sabe isso se torne um projeto futuro.
Pronto, desabafei. =D
Rodrigo, é que tu tem uma facilidade para escrever contos, coisa que comigo não funciona muito bem (mas eu prometo melhorar =D).
Ah! Não te preocupa guri, uma hora a criatividade para o TCC vai chegar, é só acreditar :P
Ah!! E contos com temas sexuaissão legais, pelo menos a gente relaxa de tanto tema sério.
Guria famosa? Até parece Rodrigo...
O cara do texto que é famoso =D
Beijo!
Sim, é bom desabafar, mas bem para o coração =D
Conto! Bacana rapá...
Mas essa... modernidade assusta. Muito.
seus textos melhoraram de uma forma
significativa!
nao te vejo mais pelo msn
"/
voltei com o blog. bjo.
Pois é... por isso não se deve cansar.. pr anão se esquecer dessas coisas.
(consolo para solteirões recalcados)
tipo
uau
ce tava inspirado nesse fim d semana né? :}
e essas modernidades não rolam mto comigo, acho tudo mto estranho heheh [conservadora mode on]
:***
Na verdade... foi uma coia meio dadaista, sabe?
shauhsuahs
:*
hummm, no minimo criativo hem digo?
e criatividade eu nao tenho nenhuma...
xP
Muito bom, muito sutil a referência que você fez ao Ronaldo Fofômeno...ahahahha! Adoro seus contos. Adoro esse assunto. Gosto da sutileza com que trata dele, falando tudo sem vulgarizar.
Parabéns!
Aparece no nosso blog (eu (Fábio)faço junto com mais 3 amigos/as: Alexandre, Amanda, Verônica):
www.desarranjosintetico.blogspot.com
Abraços!
Uia, Fabio, daqui a pouco vou abrir um blog só pra textos assim, visto que idéias sobre eu tenho várias. =D
Opa! Se funciona p/ eles neah? Julgar pq??? Hahahaha! :D
Blogagem coletiva em Defesa da Criança - Dias 18 e 25 de maio - Eis o convite:
O Blog Diga Não À Erotização Infantil e a Comunidade Diga Não À Pedofilia convidam todos os blogs e sites amigos da criança a participarem de duas blogagens coletivas nos dias 18 e 25 de maio.
confirme no MUNDO A FORA
agradeço sua participação
bjoka
Blogagem coletiva em Defesa da Criança - Dias 18 e 25 de maio - Eis o convite:
O Blog Diga Não À Erotização Infantil e a Comunidade Diga Não À Pedofilia convidam todos os blogs e sites amigos da criança a participarem de duas blogagens coletivas nos dias 18 e 25 de maio.
aguardo sua confirmação e participação nesse ato tão importante com a vida.bjoka
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