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quinta-feira, 3 de julho de 2008

Mudança de hábito

Não sei se tu conhece uma guria recatada. Deve conhecer, porque todo ser humano conhece alguma pessoa recatada. Pode ser guri ou guria, mas deve ter alguma pessoa que conheça e que tenha esse perfil. Eu conheço e ela se chama Juliana.

A – para os íntimos – Ju foi convidada pelas amigas para uma festa. Ela queria ir de calça jeans, um tênis meia-boca e uma blusa que ia até o pescoço. As amigas dela demoveram essa idéia da cabeça da pobre coitada. Trataram de vestí-la, como se diz, no traje que a festa exigia.

E lá foi a Ju e mais as quatro amigas para a festa. A guria, é necessário dizer, atraiu olhares. Uma bota, uma mini-saia que mostrava todo o poder de suas coxas e ainda realçava a sua bunda, além de uma blusa com um decote maravilhoso, destacando, assim, seus enormes peitos. Se a Ju já chamava atenção só pela beleza do rosto, imagina ela assim, gostosona.

Os caras todos se engraçaram, mas não tirava os olhos de um. Porém, aos poucos, a versão recatada dentro dela começou a aflorar. Viu o dito cujo chegar em tudo o que é guria e, aos poucos, foi pegando mais nojo da cara dele, só porque era um galinha – e ela, no alto da sabedoria de seus 16 anos, odiava cara galinha.

Foi quando ela percebeu que aquele cretino a olhava. Mal tinha deixado de beijar uma guria e já estava em direção dela. A cada passo de aproximação, sentia-se mais amedrontada. Até o momento que chegou perto, sem dar bola para as amigas – que olhavam dela para ele e dele para ela rapidamente – botou a mão na bunda da Ju, chegou próximo ao seu ouvido e falou em alto em bom som.

E aí guria, vai liberar a mixaria ou vai fazer cu doce?

As amigas ficaram esperando uma reação escandalosa da amiga. Ela deveria soltar algo como “sai daqui”, ou “tá pensando que eu sou qualquer uma?” ou até chamar o segurança para dar uns tabefes nele. Mas surpreenderam-se. Não só elas, como a própria Juliana ficou surpresa. Ela sentiu o corpo ficou com calor, as pernas tremiam de excitação.

Suas mãos agarraram-no pela cintura, aproximando seus corpos, enquanto coxa do dito cujo estava entre suas pernas. Enquanto se esfregavam em movimentos convulsantes, Ju olhava nos olhos dele como um gato em posição de caça, passando a língua nos lábios. Ela beijava e mordia o coitado como se fosse uma trufa de chocolate com recheio de leite condensado. E assim ficou por um bom tempo, ditando o ritmo da coisa, que às vezes eram iguais às da música, às vezes não.

Como quem não quisera mais nada, deixou-o. Saiu com suas amigas enquanto o pobre guri procurava entender daonde que sua calça estava úmida.

Juliana voltou para a casa sem falar nada. No outro dia, na escola, suas amigas ainda estavam espantadas com o que acontecera, porém mantinha a mesma pose de recatada filha de pais católicos ortodoxos. Mas não sabiam elas que, todas as noites, Ju deitava pensando na próxima festa em que mostraria quem é que manda.

Texto aprovado – e praticamente idealizado – por Piero Barcellos.

7 comentários:

Felipe Fonseca disse...

Esse texto me lembra alguém. Com certeza lembra.

Anônimo disse...

Essas meninas safadas que pagam de santinha... tsc tsc...

Anônimo disse...

Todas mulheres são assim, só as da minha família que não.

Anônimo disse...

maluco!!! a guria é decidida, hehehe

Mar e Ana disse...

Booommm, mto bom :D
hauhauha

:*

Pedro Favaro disse...

Rola uma certa dose de tesão por essas piranhas que pagam de santas.
EU gosto... mas não mto. Mais novo eu tinha raiva mas, mais experiente, passei a saber como tratar e conseguir delas o que eu, e elas , queremos.
conheço sim, várias

Jongleuse disse...

Isso tudo com 16 anos!
Uau...!