O homem e a paixão
Uns dizem que mulher, quando se apaixona, é um porre: não pára de ligar; manda sempre mensagem no celular; e, se tu fala com alguma amiga, aí sim é que te chama de cachorro, cretino, e completa com o fatal "homem é tudo igual". Mas tudo bem. Nós, homens, estamos acostumados com essa generalização.
Agora, quando um homem começa a amara, consegue ser pior do que mulher. Sim. Não há nada mais idiota que um cara apaixonado. Duvida? É porque nunca te apaixonaste - caso fores um homem, lógico.
Nós, quando "estamos enamorados" - parodiei um pouco a música da dupla Donato y Stéfano agora - somos bobalhões. Além de não parar de ligar para a guria, não paramos de perguntar para as amigas dela se "a fulana não falou de mim?". As mensagens no celular são as mais patéticas: "só pra dizer que estava pensando em ti"; "hoje sonhei contigo", essas coisas de sempre. Ah, claro. Nenhum cara pode falar com ela: só o pai e o irmão. Primos? Nem pensar - vale aquela máxima de que primo não é parente.
Ah! Também tornamo-nos escritores. Não escritores qualquer. Comemos livros de romance para poder escrever alguma coisa que amoleça aquele coraçãozinho de pedra. Mas não esses romances contemporâneos. São aqueles que a gente não gostava de ler quando estava no Ensino Médio porque era uma leitura obrigatória e chata. Poemas, então, nem se fala. Aprendemos a declamá-los - principalmente Vinícius de Moraes - de um dia para o outro.
As músicas sertanejas também fazem parte do nosso repertório. Sim! Não sei quem foi que disse, mas música sertaneja é música de amor. Amor não correspondido, é verdade, mas de amor. Zezé di Camargo e Luciano, segundo alguns apaixonados, conseguem ser melhores que Freddie Mercury cantando Love of my life. Claro: estamos apaixonados e não sabemos discernir música boa de música ruim.
Quando somos convidados para festa, aceitamos logo de cara. Pode ser um pagodão ou uma festa de rock underground: não importa! Vamos do mesmo jeito. Até cantarolamos alguma coisa para parecer que não somos tão "incultos". Se quiser ir embora com as amigas, damos carona - nem que seja uma puta contramão.
E os nossos pensamentos? Aaaaah, o pensamento! A gente não consegue pensar em outra coisa que não aquele sorriso, que mesmo com dentes tortos é maravilhoso. Aquele olhar! Ah, aquele olhar! Ela pode ser estrábica, mas continua sendo um belo olhar. Entre outras coisas que, quando não estamos "in love", consideramos defeito: a pochetinha, o braço um pouco mais gordinho - ou magrinho, depende da guria que se está apaixonado -, aquela alcinha de "vem cá meu bem" ou "bordas de catupiry" que elas adoram chamar de "gordurinha", etc., etc. e etc.
Isso tudo porque estamos apaixonados. E quando estamos apaixonados ficamos burros. E quando ficamos burros, elas nos torturam. Aproveitam todos os foras que tomaram daqueles idiotas que não quiseram nada com elas e descontam em nós, pobres homens apaixonados.
Caso somos os escolhidos, não tem para ninguém. Falamos para todo mundo o que aconteceu, que somos os homens mais felizes do mundo, e aquelas coisas todas. Caso contrário, trancamo-nos no quarto e vamos ouvir um Reação em Cadeia ou um Simple Plan da vida. Afinal, precisamos de músicas pesadas para ajudar-nos a refletir um pouco. E nada mais pesado do que letra de música sertaneja tocada em ritmo hardcore.
Coisas da vida. O importante é que, assim, crescemos. E, a cada dia que passa, vemos o quanto somos frágeis e o quão bobalhões somos. Adoramos mostrar que somos umas muralhas, mas não passamos de uma parede de madeira. Porque sempre haverá um "cupinzinho" chamado amor para nos fragilizar - mas, nem por isso, nos destruir.
Agora, quando um homem começa a amara, consegue ser pior do que mulher. Sim. Não há nada mais idiota que um cara apaixonado. Duvida? É porque nunca te apaixonaste - caso fores um homem, lógico.
Nós, quando "estamos enamorados" - parodiei um pouco a música da dupla Donato y Stéfano agora - somos bobalhões. Além de não parar de ligar para a guria, não paramos de perguntar para as amigas dela se "a fulana não falou de mim?". As mensagens no celular são as mais patéticas: "só pra dizer que estava pensando em ti"; "hoje sonhei contigo", essas coisas de sempre. Ah, claro. Nenhum cara pode falar com ela: só o pai e o irmão. Primos? Nem pensar - vale aquela máxima de que primo não é parente.
Ah! Também tornamo-nos escritores. Não escritores qualquer. Comemos livros de romance para poder escrever alguma coisa que amoleça aquele coraçãozinho de pedra. Mas não esses romances contemporâneos. São aqueles que a gente não gostava de ler quando estava no Ensino Médio porque era uma leitura obrigatória e chata. Poemas, então, nem se fala. Aprendemos a declamá-los - principalmente Vinícius de Moraes - de um dia para o outro.
As músicas sertanejas também fazem parte do nosso repertório. Sim! Não sei quem foi que disse, mas música sertaneja é música de amor. Amor não correspondido, é verdade, mas de amor. Zezé di Camargo e Luciano, segundo alguns apaixonados, conseguem ser melhores que Freddie Mercury cantando Love of my life. Claro: estamos apaixonados e não sabemos discernir música boa de música ruim.
Quando somos convidados para festa, aceitamos logo de cara. Pode ser um pagodão ou uma festa de rock underground: não importa! Vamos do mesmo jeito. Até cantarolamos alguma coisa para parecer que não somos tão "incultos". Se quiser ir embora com as amigas, damos carona - nem que seja uma puta contramão.
E os nossos pensamentos? Aaaaah, o pensamento! A gente não consegue pensar em outra coisa que não aquele sorriso, que mesmo com dentes tortos é maravilhoso. Aquele olhar! Ah, aquele olhar! Ela pode ser estrábica, mas continua sendo um belo olhar. Entre outras coisas que, quando não estamos "in love", consideramos defeito: a pochetinha, o braço um pouco mais gordinho - ou magrinho, depende da guria que se está apaixonado -, aquela alcinha de "vem cá meu bem" ou "bordas de catupiry" que elas adoram chamar de "gordurinha", etc., etc. e etc.
Isso tudo porque estamos apaixonados. E quando estamos apaixonados ficamos burros. E quando ficamos burros, elas nos torturam. Aproveitam todos os foras que tomaram daqueles idiotas que não quiseram nada com elas e descontam em nós, pobres homens apaixonados.
Caso somos os escolhidos, não tem para ninguém. Falamos para todo mundo o que aconteceu, que somos os homens mais felizes do mundo, e aquelas coisas todas. Caso contrário, trancamo-nos no quarto e vamos ouvir um Reação em Cadeia ou um Simple Plan da vida. Afinal, precisamos de músicas pesadas para ajudar-nos a refletir um pouco. E nada mais pesado do que letra de música sertaneja tocada em ritmo hardcore.
Coisas da vida. O importante é que, assim, crescemos. E, a cada dia que passa, vemos o quanto somos frágeis e o quão bobalhões somos. Adoramos mostrar que somos umas muralhas, mas não passamos de uma parede de madeira. Porque sempre haverá um "cupinzinho" chamado amor para nos fragilizar - mas, nem por isso, nos destruir.
9 comentários:
Tu tem um Blog de Elite...
Confere lá no meu blog.
=*
Tu tem um Blog de Elite...
Confere lá no meu blog.
=*
Credo, foi duas vezes! o.o
Vocês, homens, são uns bobalhões!
"Garotos perdem tempo pensando... em brinquedos e proteção, romances de estação, desejo sem paixão..."
Mas bá, Rodrigo, pára com esse sertanejo!
e Simple Plan??? tu tá de brincadeira!
te cuida^^
nops
é a Vanessa, néam?
acho q eu sempre comento de Garota Coca-Cola. =]
Na verdade, Nessa, tu sempre comenta como "Nessa Guedes".
Agora, outra questão: o lance do música sertaneja foi uma ironia com uma grande pitada de sarcasmo - o mesmo para Simple Plan.
Beijo
Concordo com a menina ruiva. A gente é um bando de bobalhão. Sei disso, porque eu estou nessa situação, e sem saber como agir. E me faz lembrar aquela música "ah, ela é tão rica, e eu tão pobre/eu sou plebeu e ela é nobre/não vale a pena sonhar..."
Dor de cotovelo a parte, só tenho a dizer que é bem assim mesmo.
Mas ah!
Loves in the air!!
Ai, ai... quem não se apaixona não sabe como é bom!!
ouvir simple plan já é exagero, hahaha...
bjoss e eu de volta aos blogs
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