Imbecilidades da vida
A vida é cheia de surpresas. São divididas, normalmente, entre surpresas boas e ruins. Mas não só de surpresas é que vive a vida – bonito isso; juro que não li num livro. Também é feita – isso é melhor do que “vive” – de imbecilidades. Isso mesmo. Imbecilidade: palavrinha de 12 letras e seis sílabas, derivada da “imbecil” que quer dizer justamente isso que entendeste.
Ah! Desculpe. Estou tão empolgado falando sobre imbecilidade que nem contextualizei o assunto. Aqui vai. Li essa notícia na Zero Hora desta terça-feira – versão impressa que consta no site – e fiquei com essa sensação: como tem gente imbecil nessa vida.
Não lembro de já ter discutido o assunto nesse blog – e estou com preguiça de procurar para ver se estou equivocado -, por isso vale, antes de meter porrada, deixar-te a par do meu pensamento.
Sou contra e a favor das cotas nas universidades e em concursos públicos. Isso. Contra e a favor. Pode soar contraditório de início, mas na próxima frase verás que não é. Sou contra a cota racial e a favor da cota social. O motivo é simples. A primeira, leigamente falando, pressupõe que todo negro é incapaz de concorrer contra os demais enquanto que, a segunda – a que considero correta – nivela a discussão, pondo brancos e negros na mesma linha: podem não fazer frente aos demais devido à péssima qualidade do ensino público no Brasil.
É certo que tem todo aquele esquema: a maioria dos negros está situada nas ditas classes sem condições de arcar com os custos de um ensino particular – normalmente de ótima qualidade. O que não pode ser feito é dizer que todos os negros têm esse problema. É de conhecimento de todos que existem muitos negros com dinheiro e condições de pagar, sim, uma faculdade particular. Para mim, a destinação de cotas somente para negros é uma mera desculpa cultural – e discriminatória – do que por realidade. E não venha com aquele papinho de “nos Estados Unidos existe” porque a nossa vida é muito diferente de lá.
Também vale destacar o que já disse no parágrafo anterior ao anterior – hoje eu tô que tô: as cotas sociais são necessárias, pois muitos brancos estão situados nas classes incapazes de arcar com os custos de um ensino particular. Por isso não considero essa medida discriminatória.
Agora, vamos à martelada na cabeça. Como deves ter lido na matéria, os calouros cotistas foram recebidos com a mensagem de “Bem vindos cotistas”. Tirando o erro gramatical – a falta do hífen entre o “bem” e o “vindos” -, outro que vi foi neste trecho da matéria:
Ficou meio estranho isso. Quem disse que a mensagem pode não ter sido feito por contrários às cotas? Quem sabe umas “boas-vindas” irônicas, do tipo “só estás aqui porque é cotista”? Isso não saberemos, porque nós, seres humanos, além de imbecis, somos covardes – e muito.
O que considerei da mensagem? Como o título dessa postagem diz: uma imbecilidade. Para mim, aquilo foi escrito por pessoas contrárias à medida da UFRGS e resolveram discriminar os que ingressaram por isso. Mas isso foi o que entendi. Pode ser que eu esteja errado.
Agora, paciência se existe cotas e não és favorável. Quem disse que temos de ter tudo o que queremos? Papai? Mamãe? Minha mãe diz que sou bonito até hoje e nem por isso ela tem razão. Viu como não temos tudo o que queremos?
Ah! Desculpe. Estou tão empolgado falando sobre imbecilidade que nem contextualizei o assunto. Aqui vai. Li essa notícia na Zero Hora desta terça-feira – versão impressa que consta no site – e fiquei com essa sensação: como tem gente imbecil nessa vida.
Não lembro de já ter discutido o assunto nesse blog – e estou com preguiça de procurar para ver se estou equivocado -, por isso vale, antes de meter porrada, deixar-te a par do meu pensamento.
Sou contra e a favor das cotas nas universidades e em concursos públicos. Isso. Contra e a favor. Pode soar contraditório de início, mas na próxima frase verás que não é. Sou contra a cota racial e a favor da cota social. O motivo é simples. A primeira, leigamente falando, pressupõe que todo negro é incapaz de concorrer contra os demais enquanto que, a segunda – a que considero correta – nivela a discussão, pondo brancos e negros na mesma linha: podem não fazer frente aos demais devido à péssima qualidade do ensino público no Brasil.
É certo que tem todo aquele esquema: a maioria dos negros está situada nas ditas classes sem condições de arcar com os custos de um ensino particular – normalmente de ótima qualidade. O que não pode ser feito é dizer que todos os negros têm esse problema. É de conhecimento de todos que existem muitos negros com dinheiro e condições de pagar, sim, uma faculdade particular. Para mim, a destinação de cotas somente para negros é uma mera desculpa cultural – e discriminatória – do que por realidade. E não venha com aquele papinho de “nos Estados Unidos existe” porque a nossa vida é muito diferente de lá.
Também vale destacar o que já disse no parágrafo anterior ao anterior – hoje eu tô que tô: as cotas sociais são necessárias, pois muitos brancos estão situados nas classes incapazes de arcar com os custos de um ensino particular. Por isso não considero essa medida discriminatória.
Agora, vamos à martelada na cabeça. Como deves ter lido na matéria, os calouros cotistas foram recebidos com a mensagem de “Bem vindos cotistas”. Tirando o erro gramatical – a falta do hífen entre o “bem” e o “vindos” -, outro que vi foi neste trecho da matéria:
Os contrários à reserva de vagas não gostaram de ler no muro do Centro de Convivência do Campus do Vale a inscrição "Bem-vindos cotistas". Alegaram que a mensagem, pintada num local usado democraticamente por todos estudantes, era uma discriminação aos não-cotistas.
Ficou meio estranho isso. Quem disse que a mensagem pode não ter sido feito por contrários às cotas? Quem sabe umas “boas-vindas” irônicas, do tipo “só estás aqui porque é cotista”? Isso não saberemos, porque nós, seres humanos, além de imbecis, somos covardes – e muito.
O que considerei da mensagem? Como o título dessa postagem diz: uma imbecilidade. Para mim, aquilo foi escrito por pessoas contrárias à medida da UFRGS e resolveram discriminar os que ingressaram por isso. Mas isso foi o que entendi. Pode ser que eu esteja errado.
Agora, paciência se existe cotas e não és favorável. Quem disse que temos de ter tudo o que queremos? Papai? Mamãe? Minha mãe diz que sou bonito até hoje e nem por isso ela tem razão. Viu como não temos tudo o que queremos?
10 comentários:
Concordo com tudo que tu escreveu! Do começo ao fim!
Nem tenho mais o que dizer, afinal tu disse tudo! ^^
;***
Meu deus...
Coloca Imbecilidade nisso, cheguei até dar aquele tapinha de não creio, na testa quando li o trecho da matéria..Aff ¬¬
Bom como uma boa relações públicas a essa hora eu deveria arrumar uam maneira de contestar a matéria ou o que vc argumentou, mais tu argumenta mto bem que nem vou tentar e no fim concordo plenamente... "bem-vindos cotistas" que coisa ridicula!!
Ah, que legal mal virei blogueira e já ganhei apelido, carinhoso espero....Desdentada..sem noção heheheh, até que gostei XD
bjos
Assim como Manu disse, concordo com tudo o que tu disse. Incluindo o sentido da mensagem de boas-vindas aos cotistas.
Bem, não temos tudo o que queremos mas podemos sonhar. E é de graça.. xD
Que as cotas sejam para os inaptos a pagar por uma universidade particular, tanto para brancos quanto para negros.
Concordo com você em todos os sentidos. Eu sou contra e tenho muita certeza disso, referente às “cotas raciais”, pois isso descrimina ainda mais o cidadão. Como tu falaste, existem muitos “negros” que têm condições de arcar uma faculdade, assim como muitos “brancos”, como também existe o contrário, há pessoas que não conseguem pagar uma faculdade, e a UFRGS seria o caminho mais apropriado para esses indivíduos – mas como sabemos, nem sempre é assim, mas isso é outra questão, que eu prefiro levantar em meu blog – Sou a favor da condição econômica do candidato à vaga, como tu colocaste e muito bem.
Mas cá entre nós, ridícula aquela frase no muro da UFRGS, soa completamente irônica, como querendo dizer “ai tu só estar aqui na federal por que entrou pelo sistema de cotas”, e ninguém tira isso da minha cabeça, que foi irônico, isso foi.
Bom, quero convidar você a visitar o meu blog, também estudo jornalismo e achei interessante esse mundo blogueiro.
Aquelas Estórias
http://aquelasestorias.blogspot.com/
Como eu digo, meu velho, é mais fácil para o governo abrir cotas na universidade do que corrigir os problemas desde a base, no ensino fundamental e médio. Eu não gostaria de entrar numa universidade sabendo que foi por cota, e não por capacidade. Mas quando aqueles que são contra o sistema de cotas passam a ser agressivos e preconceituosos, perdem a razão do argumento.
Piero, concordo contigo nessa questão: qualquer pessoa que defenda a sua posição com agressividade perde o poder de argumentação.
Por isso que considerei aquela frase imbecil, independente de quem escreveu. Favorável ou não favorável, esse tipo de frase sempre vai dar merda.
Com sua licença, me manifestarei em "duas frases, bem simples".
Não concordo com as cotas para negros, é discriminação sim, é racismo sim e o pior é que, sendo favorecidos, os que se dizem 'negros' inventam as desculpas mais esdruxulas pra justificar um beneficio medíocre que, a principio, 'consertaria' uma injustiça que há mais de século foi cometida. Pintar-me de verde me daria cotas? Poderia justificar que 'sou de cor'.
Ponto dois: acho que essas cotas para ensino médio não nivela absolutamente nada. Veja bem, conheço muitas pessoas que possuem dinheiro e matriculam sua próle em colégios estaduais e municipais - o que dá direito à cotinha. Assim como me uso de exemplo pra demonstrar que existem pessoas nunca tiveram muito dinheiro, mas que se preocuparam com o ensino dos filhos e se desdobraram pra matricula-los numa escola particular.
E aí? Gente razoavelmente rica com direito a cota, gente razoavelmente pobre perdendo o direito à elas porque quis valorizar os seus estudos.
Minhas congratulações ao cidadão que planejou tudo isso. E então pergunto pros defensores da causa: porque não um nivelamento social então na base do comprovante de renda? Ah, me respondem, porque aí ia ser fácil burlar isso e todo mundo ia ter direito. Foda-se, que não inventassem um sistema tão estupido.
Considerando que estamos no Brasil e que nosso presidente necessitava de uma medida drástica de cotas na época em que deveria ter estudado, é mais do que justificavel toda essa palhaçada.
Beijo mãe.
Gente, eu penso que a questão vai muito além do estudo do presidente, da renda ou do racismo.
Infelizmente, qualquer tentativa que se faça para criação de um sistema de cotas sério, será burlada facilmente.
Sendo assim, sou contra cotas.
Contra todas elas.
Eu mesma, estudei em colégio estadual e não me acho sem condições de passar no vestibular da UFRGS. O que acontece é que optei estudar em uma universidade que me dê mais recursos e, ainda bem, posso pagar por isso.
Agora, convenhamos, porque alguém estuda em colégio estadual não quer dizer que não tenha condições de concorrer em uma universidade federal... como diz minha sábia mãe, quem quer estudar estuda em qualquer lugar. Nem que seja em casa, com livros emprestados. Pode demorar mais, mas todos nós temos competência para passar numa federal.
Acho que as pessoas estão perdendo tempo demais lutando por garantia de cotas enquanto deveriam baixar a cabeça e estudar.
sim, imbecis por toda parte.
:/ eh triste.
por isso que eu nem leio jornal!
Bom, hora de uma pequena correção. Aquela pintura foi feita pelo DCE, a favor das cotas. Todavia, acho discriminatória, tanto que quando olhei aquilo durante o pqno tempo de espera na fila do RU até comentei com um colega: "Isso me parece tão preconceituoso."
Mesmo que feito de forma a dar na cara dos que não aceitaram a medida, o DCE foi infeliz ao escrever aquilo, pois antes de qualquer coisa os caras que entraram são alunos. Independente de como entraram. E como alunos devem ser tratados.
Beijo, Mano
Postar um comentário