Orgasmos múltiplos
Chego no kartódromo do Velopark, inaugurado nesse sábado de sol desgraçadinho – aquele solzinho que esquenta,mas que na sombra dá uma friaca desgraçada, sabe? - todo felizão. Afinal, após três anos e meio de ferrugem pelo corpo, fui correr de kart. Nada como trabalhar com jornalismo. É bem como diz meu pai: jornalista ganha mal pra caramba, porém come, viaja e corre de graça.
Tá, voltando ao assunto principal. Vim à Nova Santa Rita – onde está localizado o complexo esportivo e onde ficarei até o término de uma prova, com previsão de 10 horas de duração – um pouco atrasado, mas não perdi a oportunidade de correr.
O nervosismo correu por todo o corpo. Poxa, três anos enferrujado e, dos 45 jornalistas inscritos, apenas 20 se classificariam para a corrida. Coloquei o macacão – fiquei bonito, não? - e fiz as três voltas de classificação. Mesmo com umas dicas de uns amigos pilotos, não me dei muito bem: fechei os 1.514 metros em 1min28.4 segundos.
A infelicidade durou cerca de 45 minutos. Estava aqui na sala de imprensa – me adonei de um computador, hehehe – e lá estava meu nome: décimo sétimo lugar no grid de largada. Urrul! Primeira etapa vencida. Agora, era esperar umas três horas para fazer a corrida.
Por volta das 18h15 sentei no kart 11, o mesmo que fiz a classificação. A expectativa era grande, afinal, acredito ter sido o único que pegou o mesmo veiculozinho, então, já sabia mais ou menos como fazer a tocada.
“A largada será quando as luzes vermelhas apagarem”. Ok! Tudo bem. Era só manter os olhos nas luzinhas e, pimba, lá estava eu. E foi o que fiz. As luzes apagaram-se e eu, aproveitando minha magreza – 57kg distribuídos em 1,75 metros –, saí de décimo sétimo e completei a primeira volta entre os dez primeiros. Legal! Agora era só manter a tocada.
Desgarrava em algumas curvas, ia bem em outras, perdia posição em determinado local para recuperá-la logo após. Foi assim, nessa diversão, que fiquei por umas três ou quatro voltas. Porém, esqueci do principal: a paciência.
Minha afobação por mais lugares era tanta que acabei perdendo o controle do kart. Não só perdi o controle como parei na grama. Ô cacete. E ninguém para me socorrer. O que fazer numa hora dessas? Simples: levantar-se, pegar o kart, colocar de volta pra pista e correr.
Foi o que fiz. A cena pode parecer patética, mas me diverti horrores. Até perdi o tênis esquerdo para, depois, colocá-lo e continuar a corrida. De décimo, caí para último – conseguindo recuperar algumas posições depois (para ser mais exato, três).
Não consegui fazer muita coisa. Além de enferrujado, acredito que a passadela que dei na grama detonou um pouco o kartzinho. Porém, fiquei feliz, pois fiz uma das coisas que mais me dá prazer nessa vida: correr.
Não posso deixar de agradecer ao Paulo Torino, à Patrícia Weber e ao Erno Drehmer, grandes amigos – a Patrícia é minha professora – que me deram a oportunidade de voltar a sentir a adrenalina de estar no limite da velocidade. Isso, simplesmente, é do caralho.
***
P.s.: Sei que esse post foi mais um desabafo, mas foda-se: esse espaço é meu. =D
Tá, voltando ao assunto principal. Vim à Nova Santa Rita – onde está localizado o complexo esportivo e onde ficarei até o término de uma prova, com previsão de 10 horas de duração – um pouco atrasado, mas não perdi a oportunidade de correr.
O nervosismo correu por todo o corpo. Poxa, três anos enferrujado e, dos 45 jornalistas inscritos, apenas 20 se classificariam para a corrida. Coloquei o macacão – fiquei bonito, não? - e fiz as três voltas de classificação. Mesmo com umas dicas de uns amigos pilotos, não me dei muito bem: fechei os 1.514 metros em 1min28.4 segundos.
A infelicidade durou cerca de 45 minutos. Estava aqui na sala de imprensa – me adonei de um computador, hehehe – e lá estava meu nome: décimo sétimo lugar no grid de largada. Urrul! Primeira etapa vencida. Agora, era esperar umas três horas para fazer a corrida.
Por volta das 18h15 sentei no kart 11, o mesmo que fiz a classificação. A expectativa era grande, afinal, acredito ter sido o único que pegou o mesmo veiculozinho, então, já sabia mais ou menos como fazer a tocada.
“A largada será quando as luzes vermelhas apagarem”. Ok! Tudo bem. Era só manter os olhos nas luzinhas e, pimba, lá estava eu. E foi o que fiz. As luzes apagaram-se e eu, aproveitando minha magreza – 57kg distribuídos em 1,75 metros –, saí de décimo sétimo e completei a primeira volta entre os dez primeiros. Legal! Agora era só manter a tocada.
Desgarrava em algumas curvas, ia bem em outras, perdia posição em determinado local para recuperá-la logo após. Foi assim, nessa diversão, que fiquei por umas três ou quatro voltas. Porém, esqueci do principal: a paciência.
Minha afobação por mais lugares era tanta que acabei perdendo o controle do kart. Não só perdi o controle como parei na grama. Ô cacete. E ninguém para me socorrer. O que fazer numa hora dessas? Simples: levantar-se, pegar o kart, colocar de volta pra pista e correr.
Foi o que fiz. A cena pode parecer patética, mas me diverti horrores. Até perdi o tênis esquerdo para, depois, colocá-lo e continuar a corrida. De décimo, caí para último – conseguindo recuperar algumas posições depois (para ser mais exato, três).
Não consegui fazer muita coisa. Além de enferrujado, acredito que a passadela que dei na grama detonou um pouco o kartzinho. Porém, fiquei feliz, pois fiz uma das coisas que mais me dá prazer nessa vida: correr.
Não posso deixar de agradecer ao Paulo Torino, à Patrícia Weber e ao Erno Drehmer, grandes amigos – a Patrícia é minha professora – que me deram a oportunidade de voltar a sentir a adrenalina de estar no limite da velocidade. Isso, simplesmente, é do caralho.
P.s.: Sei que esse post foi mais um desabafo, mas foda-se: esse espaço é meu. =D
7 comentários:
"Orgasmos Múltiplos"
Tinha que ter alguma conotação sexual o post hausehuasheaiueshause
Olha, quanto ao macacão eu não posso opiniar.. não tenho fetiches com isso =D
Hoje tem mais, não é?
Até, baby :)
É isso que dá graça na existência: cada pessoa tem sua essência imutável. Não importa se é aos 15, aos 20 ou aos 100 anos.
São ritmos diferentes.
Que só a concepção mais íntima pode definir corretamente.
;*
moooooh,,
hehe..
como sempre né cara, muito bom o texto.
acho q tu até dá pra um bom piloto ;p
te cuida cara.
abração.
quase tudo que a gente escreve passa pelo desabafo, né?
este foi bacana. e bacana demais o título! :)
beijocs
Bela corrida.. ahahuauaua
Olha, sempre quis andar de kart. Onde eu morava tinha uma pista do outro lado da rua... mas nunca o fiz. o.O
Invejo a tua ida à grama. xD
Bjoks ^^
Pelo menos alguma coisa te faz sentir prazer múltiplo então... aha, agora já sei :P
Muito bom, parece que estou te vendo contando!
é bom fazer o q gosta né cara... fico feliz por ti bruxo.
Abraço!
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