Treze minutos
Com toda a certeza, ao ler mais algumas linhas deste blog, a Raquel Piegas vai pensar - e comentar no espaço abaixo - algo como "O Rodrigo só sabe falar desse assunto". Bem, sei falar de outras coisas também e, esse "assunto", prefiro fazer. Porém, julguei necessário fazer um comentário.
Há cerca de uma semana fui surpreendido com uma notícia que li no Caderno de Reportagem de um jornal mais ou menos daqui das terrinhas gaudérias, o O Sul, uma reportagem um tanto discutível: o ato sexual ideal dura de três a treze minutos.
Nunca contei quanto tempo duraram minhas experiências sexuais. Assim como não saio contando o que faço ou deixo de fazer por aí, não pergunto "foi bom pra você" após o ato, também não fico com um reloginho tentando bater o recorde de "minutos de relação sexual". São coisas pessoais que só dizem respeito à mim e à guria que estava comigo naquele momento.
O estudo, realizado por estudiosos - é claro, né? - da Universidade Penn State, na Pensilvânia, nos Iu-É-Sei, entrevistou milhares de pessoas para saber qual é o tempo ideal do sexo. Até aí tudo bem: o sexo, apesar de em algumas famílias ser um assunto tabu, sempre foi papo de boteco - e estudo é isso: nada mais do que uma "cientificação" do papo de boteco.
Entre as conclusões do estudo está a de que "Infelizmente, a cultura popular atual reforçou estereótipos a respeito das atividades sexuais", acrescentando que "muitos homens e mulheres parecem acreditar na fantasia de um pênis enorme, ereções duras como uma rocha e relações que duram a noite toda".
Ah, lá pelas tantas, tem essa citação: "Com essa pesquisa, esperamos dissipar estas fantasias e encorajar homens e mulheres com informações realistas a respeito de relações sexuais aceitáveis, evitando decepções e problemas sexuais".
Ora, é certo que muitas questões que nos são colocadas têm a ver com o que nos é imposto socialmente, mas não é tudo. Será que esses estudiosos não pensaram na possibilidade de querer um pau maior e mais grosso e uma transa intensa que dure 45 minutos ser, mesmo, uma decisão pessoal e não cultural? Não por estarmos no Brasil, mas duvido que alguém sinta-se feliz em ter chegado aos finalmentes com apenas, sei lá?, seis minutos de sexo - para ficar no "meio termo".
Bem, isso é coisa de cada um. Tem guria que prefere um pequeno brincalhão em vez de um grande bobalhão, assim como têm guris que preferem uma que fique o tempo todo gritando "ai meu Deus, AI MEU DEUS". Mas isso é pessoal, e não cultural. E não vai ser um estudo que vai dizer que tipo de sexo é bom ou não. Ainda mais um que pesquisa famílias de apenas dois países, em vez de, sei lá, um continente. Com toda certeza, o resultado seria diferente - e eles, provavelmente, sentiriam-se inferiores - se pesquisassem brasileiros, argentinos, mexicanos...
Há cerca de uma semana fui surpreendido com uma notícia que li no Caderno de Reportagem de um jornal mais ou menos daqui das terrinhas gaudérias, o O Sul, uma reportagem um tanto discutível: o ato sexual ideal dura de três a treze minutos.
Nunca contei quanto tempo duraram minhas experiências sexuais. Assim como não saio contando o que faço ou deixo de fazer por aí, não pergunto "foi bom pra você" após o ato, também não fico com um reloginho tentando bater o recorde de "minutos de relação sexual". São coisas pessoais que só dizem respeito à mim e à guria que estava comigo naquele momento.
O estudo, realizado por estudiosos - é claro, né? - da Universidade Penn State, na Pensilvânia, nos Iu-É-Sei, entrevistou milhares de pessoas para saber qual é o tempo ideal do sexo. Até aí tudo bem: o sexo, apesar de em algumas famílias ser um assunto tabu, sempre foi papo de boteco - e estudo é isso: nada mais do que uma "cientificação" do papo de boteco.
Entre as conclusões do estudo está a de que "Infelizmente, a cultura popular atual reforçou estereótipos a respeito das atividades sexuais", acrescentando que "muitos homens e mulheres parecem acreditar na fantasia de um pênis enorme, ereções duras como uma rocha e relações que duram a noite toda".
Ah, lá pelas tantas, tem essa citação: "Com essa pesquisa, esperamos dissipar estas fantasias e encorajar homens e mulheres com informações realistas a respeito de relações sexuais aceitáveis, evitando decepções e problemas sexuais".
Ora, é certo que muitas questões que nos são colocadas têm a ver com o que nos é imposto socialmente, mas não é tudo. Será que esses estudiosos não pensaram na possibilidade de querer um pau maior e mais grosso e uma transa intensa que dure 45 minutos ser, mesmo, uma decisão pessoal e não cultural? Não por estarmos no Brasil, mas duvido que alguém sinta-se feliz em ter chegado aos finalmentes com apenas, sei lá?, seis minutos de sexo - para ficar no "meio termo".
Bem, isso é coisa de cada um. Tem guria que prefere um pequeno brincalhão em vez de um grande bobalhão, assim como têm guris que preferem uma que fique o tempo todo gritando "ai meu Deus, AI MEU DEUS". Mas isso é pessoal, e não cultural. E não vai ser um estudo que vai dizer que tipo de sexo é bom ou não. Ainda mais um que pesquisa famílias de apenas dois países, em vez de, sei lá, um continente. Com toda certeza, o resultado seria diferente - e eles, provavelmente, sentiriam-se inferiores - se pesquisassem brasileiros, argentinos, mexicanos...
10 comentários:
Sobre uma frase posta por ti em algum dos parágrafos (claro!). Algo sobre estudar papos de botecos ser o papel de um estudioso.
Me imaginei Einstein conversnado com Max Planck num bar alemão por volta das 3h da manhã abraçados em gêmeas alemãs vulgares com seios enormes conversando sobre o absurdo que seria a energia ser quantizada, e que 'Deus não joga dados'.
Outra cena seria Feynman e Fermi em um pub irlandês, com bigodes de Guinnes (sei lá como se escreve, só a bebo), com um hálito de café torrado, contando pro barman sobre suas idéias sobre quântica e partículas elementares.
Tá, mas imaginando isso tudo ANTES de ser estudado. Os carinhas lá eram estudiosos. Será que leram sobre quântica, relatividade e quarks no banheiro do Bambus enquanto urinavam a Kaiser quente que "malgustaram" durante horas a fio?
Só pra encher o saco mesmo, mano.
Como não faço sexo, não sei quanto tempo deve demorar.
Putz, Rodrigo:
quer dizer que "pênis enorme, ereções duras como uma rocha e relações que duram a noite toda" não passam de fantasia? Isto significa então que eu não existo, toda a minha vida sexual não passa da um sonho delirante de uma fêmea ardente.
O que fazer para me adequar à normalidade, isto é ter um pênis mais ou menos (que tamanho será isto?), uma ereção meia bomba, e uma relação de três minutos? Acho que vou consultar com os sábios gringos, hehehe...
Um abraço.
conheço gente que tem relações por uma hora.
UUUUUUUUUMA HORA!
vou deixar no ar pra criar polêmica.
"Bem, isso é coisa de cada um. Têm guria que prefere um pequeno brincalhão em vez de um grande bobalhão, assim como têm guris que preferem uma que fique o tempo todo gritando "ai meu Deus, AI MEU DEUS"" - HAHAHAHAHAHAHAHAHAH
Como diria o bom e velho Veríssimo, os canadenses possuem apenas 18 zonas erógenas, e nenhuma delas é colocada em uso com muita freqüência...
Torçamos para que futuros estudos NÃO incluam os canadenses, ou os resultados sofrerão um desvio padrão BRUTO!!!
Ah, da próxima vez vou dar uma olhada no Blog sobre carros. Por hoje tô saturado com as malditas pastilhas de freio.........
À bientôt, homme!!!!
O tempo vai do preparo físico de cada um... se forem "atletas" não tem limite... hahaha ;)
acho que o tempo é pessoal e não é 'tudo'.
di.
cada um com o seu tempo... e Deus salve a rainha!
O tempo ideal é aquele o suficiente para os dois se satisfazerem. E era isso.
Acho que eles precisam fazer mais e pesquisar menos õ.o'
Não existe tempo ideal, cada pessoa sabe o seu ritmo e o que quer aproveitar da relação.
e to com a colega: "Acho que eles precisam fazer mais e pesquisar menos"
o melhor é fazer, com certeza =)
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