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domingo, 11 de maio de 2008

Ele está vindo

"Sai da frente", era o que todos ouviam. Nada mais. Aquele rapaz passou correndo por todos, sem se preocupar com o os demais. Numa dessas derrubou uma velhinha que passeava com seu cãozinho e nem se preocupou em dizer "desculpa, senhora!". Na verdade o que se ouviu é "Welcome to the jungle, velha cretina!".

Dobrou a primeira esquina e continuava a correr. Estava apressado, todos sabiam disso. Estava sendo perseguido. Após duas quadras, foi para a esquerda e ao atravessar a rua quase foi atropelado. Ouviu um sonoro "Quer morrer, filho da puta?". Não, ele não queria morrer. Mas se não corresse, tinha certeza, morreria ali mesmo.

Ninguém podia ajuda-lo. Ele sabia disso. Então é por isso que corria feito um atleta de 100 metros rasos – só que, em vez de 100 metros, já passava de um quilômetro. "Caralho, meu ônibus", pensou, mas não conseguiu pega-lo. Preferiu correr, pois assim iria mais rápido.

Decisão inteligente – e muito, por sinal. Nessa cidade de merda, na hora do pico, é impossível não demorar mais do que meia-hora para andar poucos quilômetros. "Essas concessionárias cretinas, que vendem carros a 48, 70 prestações. Agora qualquer pobre pode ter carro", pensava enquanto corria.

Suava frio. Sabia que estava assim. O nervosismo por causa da perseguição o fazia suar frio. Mas estava chegando em seu esconderijo. Graças a Deus, ele estava chegando naquele lugar em que estaria, finalmente, seguro.

Viu sua casa, procurou as chaves. Encontrou-as no quinto bolso de dentro do casaco que estava usando. Enquanto tentava achar a certa para abrir a porta, olhava para todos os lados. O nervosismo não fazia-o errar o buraco da fechadura. "Caralho, assim não vou conseguir. Vamo, merda, vamo!".

Enfim, conseguiu. Subiu as escadas correndo, dobrou à direita e, depois, entrou na primeira porta à esquerda. Olhou para os lados e viu que estava seguro. Levantou a tampa da privada, baixou as calças e as cuecas, sentou-se e disse "Pronto, agora pode sair". E foi assim que conseguiu livrar-se da vergonha de ser pego na rua todo cagado.

7 comentários:

Menina Ruiva disse...

hahahahahaha

kikikikikiki


Boa!!!

Beijo e saudade de ti.

Mar e Ana disse...

ai Deus
auahuhauah
essa foi boa, viu =p

mas poxa, nao tinha umn banheiro nesse tanto d caminho q ele correu?
hahahaha

:*dlrtxu

Anônimo disse...

HIOAUSHIUOASH

putz, mt boa.
jaoipsjioapsj

Anônimo disse...

Alguma coisa seria imprevista, to rindo até agora...
esse nervosismo sempre atrapalha, nunca vi!!

Anônimo disse...

ainda bem que ele não parou pra pedir desculpas pra velha. Senão, além de ter sido jogada no chão, ela ainda estaria na merda.

;****

Idylla disse...

Gosteii muito de seu blog, e ameiii o texto dos "dois dados"...


beijoooos =*
Idylla

http://idyllamonteiro.blogspot.com

Verônica Elias Rumorosa disse...

Ahahahah. As vezes achamos que cenas assim não acontecem, mas a vida é cheia das mais loucas e impensadas situações, belo texto.

www.desarranjosintetico.blogspot.com

Abraço.
Fábio!