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segunda-feira, 21 de julho de 2008

Felizes são os amishes

Os amishes que são felizes. Não têm que se preocupar com nada. Não vêem televisão, logo não são amontoados de informações desnecessárias, de novelas imbecis e de programas tão imbecis quanto que ficam tirando sarro de pseudo-celebridades.

Celulares, para eles, não existem. Então, aquela chata da namorada que liga às 3 da manhã para saber se não está sendo traída também não faz parte de seu cotidiano. Aliás, nem festas, o que torna o consumo de drogas inexistente, pois as raves não estão por lá. Não precisam, com isso, tomar nada para manter-se acordados e dançar por 24 horas o mesmo estilo de música.

O veículo deles é a carroça. Ou seja, trânsito caótico inexiste na comunidade. A luxúria também não faz-se presente – a não ser que se preocupem que seu meio de transporte tenha mais do que um cavalo o que é, praticamente, um absurdo de se pensar.

Sexo, então, só depois do casamento. Nada de golpe do baú. Nada de gravidez indesejada. Nada de DSTs, essas coisas. Os amishes são gente boa e não precisam se preocupar com nada.

Ok, a única coisa que os amishes têm que se preocupar é com caminhoneiros pedófilos que estupram as alunas ao invadir uma sala de aula. Mas isso acontece de vez em quando. Eles são mais felizes que nós.

Porque nós, sim, temos todos os problemas. Se não vemos a novela ou qualquer outra porcaria de programa, somos alienados. Se não discutimos o que fulana fez em determinado reality show somos caretas e radicais.

O stress faz parte da nossa vida. Ser humano que não tem stress é vagabundo. Se não tiver celular, então, passa a ser um extra-terrestre – porém, sem aquela inteligência tão difundida através dos filmes.

Nos estressamos por pouco. Por uma mensagem não enviada pela namorada que não disse que, na hora em que ligaste, estava no banheiro matriculando o Robinho na natação. Pelo ciúme da namorada que não entende que aquele recado daquela gostosa que disse o quanto era feliz ao teu lado não passa de um virus do Orkut.

O nosso trânsito é uma merda. Motorista pára em cima da faixa de pedestre e pedestre insiste em não atravessar na faixa destinada à ele só porque está a 10 metros de distância. Fora que, se no trem lotado, tu sem querer roçar na bunda daquela guria gostosa porque um imbecil te pressionou contra a dita-cuja, provavelmente tomarás um monte de soco.

Também temos de nos cuidar com quem ficamos. Aquela maravilhosa que tu tá levando pro motel pode ser, (in)felizmente, uma guria criada a toddy e ter menos de 16 anos. Caso seja pego, virará mulherzinha, porque teu rabo, que tu insistia em dizer que não passava nem agulha, agora vai passar tubos de desodorante Axe.

Os amishes é que são felizes e perfeitos. Como odeio pessoas perfeitas, prefiro ficar no meu mundinho, em que todos somos medíocres, mas ser infeliz. Afinal, nada melhor do que um banho bem quentinho depois daquela foda bem dada.

Amishes, queiram fazer o favor de morrerem nas suas respectivas insignificâncias.

8 comentários:

Anônimo disse...

"Ser humano que não tem stress é vagabundo"...hahaha
muito boa!!!

Anônimo disse...

Detalhe, stress é coisa de vagabundo e da linguagem moderna dos novos tempos, como diz o meu velho e sábio pai: “Stress e depressão são uma invenção, eles não tinham o que inventar e criaram mais uma doença para o currículo”. Esse bando de Amishes são felizes? E daí, se eles são, bom para eles. Cada um com o seu “probrema”. Concepção de felicidade é pessoal e intransferível, cada um sabe qual é a sua.
Esses Amishes são felizes e foram criados nesse estilo, logo, eles não têm a necessidade de tal. Eu sou feliz com o meu celular, com o meu computador, nesse transito caótico, com o meu emprego, com o meu dinheiro, nesse mundinho (como alguns gostam de chamar) capitalista de ser, eu preciso de todos esses aparatos para me manter e não para viver.

beijos!

Flávia disse...

Rapaaaaz... eu tava com essa tua conclusão na cabeça durante a leitura do texto, hahaha.

Associe aí ao banho quentinho a parte II dessa namoradinha bem dada. Ô vidinha imperfeita danada de boa, né?

Beijo!

Pedro Favaro disse...

Seu texto respondeu as perguntas do meu texto no CDSM...
Realmente a vida bucólica e pacata de um Amish só serve mesmo para um...Amish.
Quero poluição, vagabundas, stress e colesterol!

Izze. disse...

Eu seria Amish só pra usar aqueles vestidos atééé o chão. xD

Bien, eles são mesmo pacíficos. Não ficam invadindo sedes da funai e outros terreninhos, né índios? =B

Ser morrer, viver, o que seja, não fazem diferença alguma.

E a gente só vai ficar sabendo por causa da internet. ^^

Rodrigues, K. disse...

Putz, realmente eu não queria essa vidinha pacata pra mim não.

hauahaua.

Até.

Mar e Ana disse...

Nem queria ser que nem eles!
Acho que a imperfeição da nossa vida que dá a graça.
Tudo bem que coisas tipo tcc poderiam não existir, mas ainda assim, tá valendo.
Sou completamente a favor do sistema hehe

:*

Alessandra Castro disse...

é querido, seitas e igonorancia sempre andarão de mãos dadas.


PS: ahhhhhhh add eu!! :D

eagcm7@hotmail.com