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sábado, 2 de fevereiro de 2008

Então, é Carnaval...

Ela estava lá, de shortinho azul minúsculo, blusinha levanta-peito também minúscula, piercinzinho na barriga e um sapatinho daqueles que ajudam a empinar a bunda. Ele também estava lá, de bermuda, tênis, e uma camiseta meio que folgada. O calor também estava lá. A bandinha que tocava axé a noite toda também. Não preciso nem dizer que era um baile de carnaval, preciso?

Durante algumas horas os seus olhares se cruzaram diversas vezes. Não foram duas ou três. Foram diversas, mesmo. Depois de mais algumas horas, seus lábios é que se encontraram. Não me pergunte como foi que ele conseguiu isso, porque eu também estava aproveitando a festa – só que sem sucesso.

Os dois eram meus amigos de longa data, mas não se conheciam. Naquela sexta-feira de carnaval, conheceram-se mais do que eu os conhecia. Deve ter sido bom o papo noturno, pois nas outras festinhas de carnaval estavam sempre juntos. Trocaram telefones, e-mails, e msns. Só não trocaram Orkuts porque o link do perfil é muito longo e ninguém consegue decorá-lo – só aqueles tansos que insistem em dizer que o endereço www.orkut.com/Home.aspx dá direto ao seu perfil.

É preciso salientar que, após o término do carnaval, o sentimento deles esfriou um pouco. Era carnaval e eles queriam era curtir. Só que, pouco mais de um mês depois, a coisa mudou. Ele recebe uma ligação. Era ela dizendo que, possivelmente, estava grávida.

Lógico que, como (quase) todo homem, ele perguntou de quem era, pois acreditava ser impossível ela não ter ido para cama com outro nesse um mês depois da transa deles. Ficou desesperado em saber que ele tinha sido o primeiro dela, em pleno carnaval. Segundo ela, foi coisa de momento. Não queria que a primeira vez fosse daquele jeito, mas entrou tanto no espírito do carnaval que foi.

Ficou ainda mais desesperado porque a sua namorada não sabia de nada. Enquanto ele fazia festa escondido, ela cuidava da mãe, que estava no hospital devido a retirada de uma das mamas. Preciso dizer que ele não gostava da sogra?

Ele não pôde dizer “mas usei camisinha”, porque não foi bem assim. No calor da hora, meu bem você não disse que não e foi assim, sem camisinha mesmo. Deve ter sido bom, porque, pelo que sei, foram mais de uma vez por noite. O carnaval eleva os hormônios, não?

Tanto é que ela não foi a única das noites. Até que, quando foi ao médico para ver se não tinha cagado mais do que pensava...

- O senhor quer a notícia boa ou ruim, primeiro? -, perguntou o médico.
- Já que tem que escolher, quero a boa. – disse.
- A boa é que não estás com AIDS.
- E a ruim?
- A ruim é que estás com gonorréia.


***


Bem, esse texto é fictício, como muitos dos outros já escritos. É meio bobinho, meio clichê, mas é o que acontece em todo o carnaval, só que nem sempre com o detalhe do humor. Por isso, vou fazer aquele velho apelo clichê – mesmo que atrasado: use camisinha e seja feliz. Pode ser que fazer com camisinha seja o mesmo que comer bala com papel, mas é necessário.

Um comentário:

Bruno Oliveira / Paulo Fernando disse...

Bem, essa idiotice de carnaval so serve para isso mesmo, eu acho que Outubro é o mês em que mais há nascimentos (se não estiver errado nas contas)... Todo começo de ano é assim, toda aquela promiscuidade, ninguém se preocupa com nada, isso me revolta, é melhor parar por aqui...

dá uma olhada lá no meu blog:
www.luzbrpf.blogspot.com

Até.
Bruno Oliveira